Ultimato ou "situação paradoxal"?

Não foi ultimato.
Apenas uma “situação paradoxal”.
Entrevista do doutor prefeito à Rádio Módulo FM e ao site Patrocínio Agora:

Indagado sobre a informação de que ele (prefeito) teria dado um ultimato ao PT para que este se posicionasse quanto ao seu apoio a ele e, caso este apoio não seja confirmado, se ele pediria os cargos de todos os secretários ligados ao PT.

“Ó, não, isso é boato. Eu nunca dei ultimato a ninguém. Essa não é minha maneira de ser e agir”.

“Mas houve uma reunião, doutor, entre o senhor e o partido?”

“Sim, houve, há cerca de um mês, onde foram definidos assuntos ligados a questões eleitorais para o ano de 2012”.

Nessa reunião, segundo a entrevista radiofônica repercutida pelo site, o prefeito solicitou uma definição pela continuidade ou não, por parte do PT, quanto à proposta de projeto político iniciado no ano de 2009.

O prefeito afirmou que essa definição é importante, visto que a definição do PT de ter candidato próprio influenciará em seu governo, uma vez que este candidato pode vir a ser seu atual vice-prefeito, Fausto Amaral da Fonseca, o que, para ele, pode ser uma “situação paradoxal”, pois ele pode estar “trabalhando dentro da prefeitura, defendendo um governo e no ano seguinte pedir votos defendendo o mesmo governo” (?).

Com relação aos cargos dos secretários, o prefeito afirmou que esta é outra “situação paradoxal”.

“Como o secretário vai acreditar no trabalho de um governo e pedir voto para outro candidato?”

Depois de tantos investimentos, ações e programas do PT nacional na administração municipal do PPS... Obras de saneamento básico, Minha Casa, Minha Vida, IFTM, entre outras... Não fossem estas obras e ações do PT federal, o que a atual administração municipal teria para mostrar? (Pense e repense para ser justo antes de responder...) É, realmente, uma “situação paradoxal”.

Resumindo: o Fausto Amaral deixar de ser vice-prefeito não tem jeito. Mas, para eles (do “grupo”) quanto mais longe ele (Fausto) ficar da prefeitura, melhor. Fausto e os petistas nomeados, comissionados, empregados pela máquina pública da mamãe prefeitura.

Não foi ultimato, não. Podexá! Foi um “PT saudações”. Foi apenas uma “situação paradoxal”, sobre a qual, certamente, o deputado federal Gilmar Marchado (expoente do PT) tomará conhecimento, ficará sabendo.

“Paradoxal” essa “situação”, não?